"Os círculos de construção de paz vão agregar muito na nossa carreira profissional. São novas experiências que com certeza vão nos proporcionar olhar os alunos sob uma perspectiva mais sensível", enfatizou um dos professores que participaram da iniciativa. "A dinâmica permite sentir na pele o autoconhecimento e como podemos aplicar a Justiça Restaurativa com os alunos, independentemente de turma ou faixa etária. A iniciativa ajuda a promover a paz nas escolas porque, ao aplicar a metodologia antes de começar a trabalhar com a turma, podemos modificar a nossa atuação para se adequar àquele meio", complementou o professor Giovani Albert.
"Hoje tive meu primeiro contato com a Justiça Restaurativa. Foi um momento importante, singular, em que aprendemos técnicas e abordagens, sendo mais uma ferramenta para aturamos em favor dos alunos junto às escolas, professores e direção escolar. Nesse contexto, o que mais chamou minha atenção nos círculos de construção da paz foi o momento de escuta e acolhimento que a metodologia da Justiça Restaurativa proporciona", afirmou o psicólogo da Coordenadoria Regional de Educação de São Miguel do Oeste Evandro Radaeli. O profissional atua no Núcleo de Prevenção à Violência nas Escolas.
No período vespertino, o projeto também promoveu a realização de quatro palestras no Centro Cultural da UNOESC. A coordenadora do NUPIA, Promotora de Justiça Analú Librelato Longo, abordou o tema "Justiça Restaurativa e paz nas escolas". Já o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (CIJE), Promotor de Justiça Eder Cristiano Viana, tratou do "Trabalho em rede para a escuta especializada".
"As ações desenvolvidas na escola e o encontro com os professores da região foram proveitosas para apresentarmos alternativas à atuação das escolas, enquanto integrante da rede de proteção da criança e do adolescente, além de permitir que fossem discutidos problemas comuns da região e possíveis soluções. A Justiça Restaurativa na escola é uma ferramenta que oportuniza que as soluções venham com ações da escola que envolvem e incluem alunos e professores como protagonistas", frisou o coordenador do CIJE.