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Mais de 200 alunos do ensino médio da Escola de Educação Básica Soror Angélica, de São Lourenço do Oeste, participaram, na última semana, de palestras educativas sobre combate às violências de gênero, doméstica e familiar. A atividade foi conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça da comarca e pelo Poder Judiciário local, no âmbito do projeto "Protetores do Lar", da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). As palestras ocorreram nos três turnos escolares e contaram com a participação da Promotora de Justiça Ana Paula Rodrigues Steimbach e da Juíza de Direito Mirela Lissa Yasutomi.  

Durante os encontros, foram abordados os principais pontos da Lei Maria da Penha, o crime de feminicídio, os tipos de violência (física, psicológica, patrimonial, sexual e moral), medidas protetivas, canais de denúncia e a atuação das instituições públicas no apoio às vítimas. Além dos aspectos legais, foram apresentados elementos históricos que mostram a evolução da legislação brasileira e a importância de se manter o debate sobre o tema ativo, principalmente entre os jovens. 

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A Promotora de Justiça conta que a iniciativa foi bem recebida pelos alunos, que demonstraram grande interesse e tiraram dúvidas sobre como identificar sinais de violência em relacionamentos, quais atitudes tomar e onde buscar ajuda. Muitos relataram desconhecer seus direitos ou mesmo a existência da Lei Maria da Penha antes da palestra. 

"Falar sobre violência doméstica com os jovens é uma forma de prevenção. Muitos não conheciam a Lei Maria da Penha nem sabiam que existem medidas legais de proteção às vítimas. Ao trazer essas informações para o ambiente escolar, mostramos que o Ministério Público de Santa Catarina está próximo da sociedade, acessível, e comprometido com a defesa dos direitos fundamentais. Nosso objetivo é conscientizar, orientar e contribuir para a construção de uma cultura de respeito e de não violência", destacou a Promotora de Justiça. 

Ao final das atividades, os estudantes foram convidados a conhecer o funcionamento dos tribunais do júri em casos de violência doméstica, como forma de sensibilização e conscientização sobre a gravidade e a frequência desses crimes.