Dezoito homens presos em flagrante neste fim de semana por suspeita de participação em atentados contra a ordem pública, na Grande Florianópolis, tiveram a prisão preventiva, requerida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deferida durante audiências de custódia realizadas entre sábado (19/10) e domingo (20/10). As forças policiais de segurança acreditam que os distúrbios estejam relacionados a disputas territoriais entre facções criminosas em Santa Catarina.    

Houve incêndio de veículos e obstrução parcial de ruas e avenidas com barricadas e fogo em pneus, tanto na Capital quanto em outros municípios da Grande Florianópolis. A Central de Operações Policiais da PM registrou 21 focos de incêndio das 13h às 17h do último sábado, em áreas de Florianópolis, tanto na região insular quanto continental, além de São José, Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz.    

Os presos são suspeitos de participação direta nos conflitos entre facções e nos atos de incêndio. Ainda no sábado, o Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, colocou as estruturas de inteligência do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) à disposição das forças de segurança do Estado para auxiliar no enfrentamento às ondas de ataques com incêndios e barricadas feitos em cidades da Grande Florianópolis.    

O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), a CISI (Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional) e a Promotoria de Justiça de plantão com atuação na área criminal estão acompanhando os fatos desde o início.    

A Coordenação-Geral da CISI vem participando das reuniões do GranFacrim e integrantes do GAECO atuam na Sala de Situação da Polícia Militar colaborando com levantamento de informações. A Promotoria de Justiça criminal de plantão participou das audiências de custódia dos presos. A 39ª Promotoria de Justiça da Capital já tem procedimento instaurado.    

Os suspeitos podem responder pelos crimes de participação em organização criminosa, incêndio criminoso e tráfico de drogas. Alguns deles já tinham mandados de prisão expedidos e determinações de regressão de regime por descumprimento de penas em curso. Nas operações, também foram apreendidas armas e munições.