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A corrupção mina a confiança nas instituições públicas, desvia recursos que poderiam ser investidos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, e perpetua a desigualdade social. É um problema que afeta profundamente todas as esferas da sociedade, comprometendo o desenvolvimento econômico, social e político de um país.  

A corrupção não é uma exclusividade brasileira. É um mal endêmico, que afeta todas as nações civilizadas, em maior ou menor grau; o que muda, todavia, é a forma como se percebe esse fenômeno e como determinada sociedade e o Estado reagem à sua existência. Os países desenvolvidos têm em comum uma percepção adequada do fenômeno, instituições sólidas para sua investigação e punição, e uma sociedade organizada e eticamente comprometida com o seu enfrentamento. Para que se tenha a dimensão do problema, ocupamos a posição 104 entre 180 países avaliados no índice de percepção global da corrupção, divulgado pela Transparência Internacional.  

Não há corrupto sem corruptor e, por isso, o combate à corrupção e aos malfeitos é uma responsabilidade coletiva que envolve tanto o poder público quanto a sociedade civil. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) desempenha um papel crucial nessa luta, atuando diariamente nessa missão. Só este ano, foram oferecidas mais de 2 mil denúncias por crimes contra a administração pública e ajuizadas mais de 200 ações por ato de improbidade.  

Já o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) realizaram, este ano, mais de 30 operações envolvendo crimes contra a administração pública. Esse número representa um aumento de 45% em relação a 2023, quando foram realizadas 20 operações.  

O MPSC não trabalha sozinho, sendo o combate à corrupção uma bandeira de diversos órgãos públicos e organizações sociais. Essa é uma tarefa que envolve a todos. Cada cidadão pode contribuir denunciando práticas corruptas, exigindo transparência dos governantes e adotando comportamentos éticos no seu dia a dia.  

A participação ativa da população é essencial para criar um ambiente onde a corrupção não tenha espaço para prosperar. Somente com integridade, transparência e justiça poderemos construir um futuro melhor para as próximas gerações. O Dia Internacional de Combate à Corrupção, celebrado nesta data (9 de dezembro), nos lembra da importância dessa batalha e da necessidade de permanecermos vigilantes e comprometidos com os princípios da ética e da legalidade.