O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Brusque atendeu ao Ministério Público e condenou os acusados por tentarem matar um homem que havia defendido o próprio filho contra o ataque dos réus, na véspera do crime. Dois denunciados foram condenados à prisão por tentativa de homicídio qualificado e corrupção de menor, e um destes também foi considerado culpado por porte ilegal de arma de fogo.

Um terceiro réu foi condenado por facilitar a corrupção de menores e o quarto foi julgado culpado de porte ilegal de arma de fogo.

Como o crime aconteceu

Segundo a denúncia, no dia 1° de maio de 2021, os quatro denunciados, na companhia de uma adolescente de 16 anos, tentaram matar Edson Gabriel Rodrigues em um bar, no bairro Limeira, em Brusque. Quando chegaram ao local, eles desembarcaram de um veículo Gol e de uma motocicleta.

Conforme as apurações, Jonathan, portando uma arma de fogo, disparou contra a vítima. O motivo, de acordo com a denúncia, seria um desentendimento no dia anterior, quando Edson impediu uma briga entre os sentenciados e seu filho.

A vítima foi pega de surpresa pela ação, mas escapou e conseguiu se esconder. Depois dos disparos, os acusados fugiram do local em direção a Camboriú. Houve perseguição policial e o veículo foi abordado em um bairro daquela cidade. Carlos e Jonathan foram presos e, no carro, a polícia encontrou a adolescente que estava com eles.

Já a moto pilotada por Dalvan tendo Lucas na carona foi abordada no momento em que eles estavam num carrinho de lanches, comendo cachorro-quente, ainda em Brusque.

Como ficaram as sentenças

A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) levou à condenação de Jonathan Ricardo da Silva a 13 anos, cinco meses e dez dias de reclusão em regime fechado. A pena foi de nove anos de reclusão por tentativa de homicídio, um ano e nove meses de reclusão por induzir menor de 18 anos na prática de crime hediondo e mais dois anos e oito meses de reclusão por porte ilegal de arma de fogo. Ele deverá cumprir a sentença em regime inicial fechado.

Carlos Henrique Marinho Araújo foi sentenciado a sete anos de reclusão por tentativa de homicídio e um ano e quatro meses pelo crime de corrupção de menores. Ele deve cumprir a pena de oito anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado.

O sentenciado Lucas Bezerra Pinto foi condenado a um ano de reclusão em regime inicial aberto por facilitar a corrupção de Menores. Ele irá prestar serviço comunitário de uma hora por dia de condenação, mediante fiscalização e apresentação de relatório de atividades desenvolvidas.

Dalvan Pinto Mendes foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão por porte ilegal de arma de fogo. Foi sentenciado ao pagamento de multa de um salário mínimo em favor de uma entidade credenciada junto ao Juízo, além da prestação de serviço à comunidade de uma hora por dia até que se cumpra a pena.