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"É uma experiência maravilhosa. O círculo nos faz refletir muito sobre as nossas atitudes, sobre quem somos, sobre o outro; ver as dores e a realidade do outro, conhecer um pouquinho melhor quem está do nosso lado todos os dias. Um aprofundamento de pessoas, de seres, de almas, muito construtivo, de muito aprendizado e de troca de experiências". 

Foi com esse sentimento que Sabrina Leal, Diretora do Centro Educacional Municipal (CEM) Santa Terezinha, em São José, retratou a vivência de alunos e da unidade escolar após as atividades do projeto Escola Restaurativa. A jornada de escuta, pertencimento e construção coletiva de vínculos foi realizada na terça-feira (20/5) pelo Grupo Gestor de Justiça Restaurativa do Estado de Santa Catarina (GGJR/SC), iniciativa executada no âmbito do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelo Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA), com o apoio do Convênio n. 117/2024. 

A ação foi viabilizada pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José, a pedido da Promotora de Justiça Caroline Moreira Suzin. Durante os períodos matutino e vespertino, foram realizados Círculos de Construção de Paz com 143 participantes - entre estudantes, professores, colaboradores e demais integrantes da rede de educação municipal e estadual. A atividade contou com a atuação de 14 facilitadores com formação em Justiça Restaurativa, que conduziram os encontros em um ambiente seguro e acolhedor, estimulando o diálogo e o respeito mútuo. 

O objetivo da atividade é contribuir para a prevenção de conflitos e violências no contexto escolar, especialmente casos de bullying e exclusão, fortalecendo a cultura de paz e o sentimento de pertencimento entre os alunos. Ao compartilhar experiências e aprender a lidar com o conflito de maneira construtiva, os participantes desenvolvem habilidades socioemocionais fundamentais para uma convivência mais harmoniosa e produtiva. 

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Prevenção e resolução 

"Foi um dia intenso para a comunidade escolar do CEM Santa Terezinha, porque alunos e professores puderam conhecer - e ser impactados - pelos benefícios das práticas restaurativas. As práticas auxiliam na prevenção de violências e na resolução de conflitos, sendo instrumentos importantes para a criação de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos", destacou o coordenador do NUPIA, Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini. 

Esta foi a segunda escola contemplada pelo projeto Escola Restaurativa em 2025 e marca a décima quinta unidade atendida desde o início da iniciativa. Para o Orientador Educacional Infantil do CEM Santa Terezinha, Luiz Carlos da Silva Siqueira, o Círculo de Paz é tão significante que tem um papel pedagógico.  

''Foi bem produtivo. Gosto de utilizar os Círculos de Paz como uma ferramenta pedagógica na escola e achei bem interessante essa parceria que o município de São José está fazendo agora com as instituições, o Ministério Público, para que se possa efetivar essa prática na nossa rede como uma forma pedagógica de resolução de conflitos nas escolas'', avaliou. 

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Caminhos de paz nas relações 

Fundamentado no art. 70-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o projeto Escola Restaurativa propõe práticas educativas baseadas na escuta, no diálogo e na corresponsabilidade. Com atuação articulada entre o Ministério Público, escolas e gestores públicos, a iniciativa visa transformar a cultura escolar e construir caminhos sustentáveis de paz nas relações.