Ao longo dos anos seguintes, diversos Promotores de Justiça passaram pelo caso e contribuíram para o consenso atual, permeado no foco principal da proteção à saúde dos munícipes. Agora, a atual Promotora de Justiça do caso, Tehane Tavares Fenner, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Camboriú, com o apoio do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA), dos Centros de Apoio Operacional da Saúde Pública (CSP), da Ordem Tributária (COT) do MPSC e da Moralidade Administrativa, após longas tratativas, chegou a um consenso entre as partes. O Município de Camboriú manifestou a intenção de adquirir o imóvel atualmente locado pela Fundação, incluindo os bens móveis e imóveis. Com isso, garante-se a permanência da oferta dos serviços de saúde à população.
"O acordo finalizado representa uma grande vitória para a população de Camboriú, com a garantia que os serviços de saúde continuarão sendo prestados pelo Município naquele local, com a propriedade do imóvel assegurada ao ente público, possibilitando, ainda, a sua ampliação e realização de melhorias aos usuários", declarou a Promotora de Justiça Tehane Tavares Fenner. Para ela, a resolutividade e a coragem do atual Prefeito também foram determinantes para a finalização do acordo.
A Coordenadora do NUPIA, Promotora de Justiça Analú Librelato Longo, analisou que olhando para a atuação do Ministério Público neste caso vemos que para resolver problemas é preciso coragem, paciência e persistência. "Desde o ingresso da ação até a assinatura do acordo essas características estiverem presentes na mentalidade de todos aqueles membros e servidores de apoio que se envolveram com essa demanda. Um grande acordo que foi possível, em especial, porque em várias reuniões extrajudiciais criamos círculos de possibilidades e um ambiente favorável e seguro para o gestor negociar com o Ministério Público. Além disso, porque encontramos no Judiciário acolhimento e disposição para dar segurança jurídica ao ajuste", complementou.
O Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública, Promotor de Justiça Douglas Martins, afirmou que o desfecho positivo do acordo prima pelo principal interesse tutelado pelo Ministério Público nesse conflito, que é o atendimento de saúde da população camboriuense por meio do Hospital hoje administrado pelo município. "Foi possível, após um consistente trabalho de diálogo e negociação, conduzido de forma bastante competente pela Doutora Tehane Fenner, contemplar os diversos interesses em conflito e chegar a um consenso que mantém os atendimentos de urgência e emergência, as cirurgias eletivas hoje realizadas e o suporte à saúde de uma população de mais de 103 mil habitantes, 91% deles dependentes dos serviços do SUS. É em casos como esse que o Ministério Público reforça seu papel de importante agente articulador de políticas públicas e promotor de direitos fundamentais", ressaltou.