Em São Domingos, Promotora de Justiça fala sobre prevenção a situações de violência para grupo de escoteiros
O evento, organizado pelo Grupo de Escoteiros Flor de Araucária, reuniu crianças de seis a 10 anos de idade.
Esclarecer e conscientizar sobre prevenção a situações de violência foi o objetivo da participação da Promotora de Justiça Juliana Goulart Ferreira em um encontro organizado pelo Grupo de Escoteiros Flor de Araucária, de São Domingos. O evento, que ocorreu no início de junho em alusão ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, reuniu crianças de seis a 10 anos de idade.
A Promotora de Justiça explica que a intenção da conversa foi abordar os diferentes tipos de violação de direitos das crianças de forma lúdica, utilizando bonecos e desenhos, além de falar sobre o tema central, que era a prevenção a situações de abuso sexual. "Ressaltamos a importância de as crianças entenderem os cuidados com seu próprio corpo e seus sentimentos. Destacamos principalmente a importância de elas buscarem sempre um adulto em quem confiam para contar caso algo lhes aconteça ou se souberem de algo que possa ter acontecido com um amiguinho. Também enfatizamos o papel do Ministério Público no acolhimento das vítimas de abuso ou violência e a proteção das crianças e adolescentes", disse.
Para o chefe dos escoteiros, Daniel Ribeiro dos Santos, a palestra sobre abuso infantil foi um exemplo claro de como podemos integrar valores de proteção e respeito ao programa educativo do grupo. "Os jovens do nosso grupo participaram ativamente da palestra, demonstrando interesse e engajamento. No escotismo, acreditamos que a educação vai além das atividades ao ar livre e do desenvolvimento de habilidades práticas. É nosso dever também formar jovens conscientes e preparados para enfrentar desafios sociais e éticos", enfatizou.
Por fim, a Promotora de Justiça ressalta que, apesar das dificuldades de falar sobre um tema tão delicado com crianças ainda tão pequenas, é importante conscientizá-las desde já. "Principalmente sobre como agir em situações de violência e informar a quem buscar, seja um pai, um professor ou alguma outra pessoa em quem confia, em especial pela grande incidência de crimes sexuais contra crianças na comarca. A psicóloga do Centro de Referência de Assistência Social Rozelaine Turmina Negreti, que estava presente, fez um trabalho lúdico muito bom com modelos em MDF e desenhos, que permitiu às crianças se expressarem de uma forma melhor sobre o tema", finalizou.