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O Tribunal do Júri acatou a tese da 22ª Promotoria de justiça da Comarca de Joinville e condenou Altair Antônio Mendes por feminicídio. O crime aconteceu em novembro de 2020, contra sua companheira. O réu foi sentenciado a 12 anos de reclusão em regime fechado.  

Ao sustentar a acusação perante o Conselho de Sentença, o Promotor de Justiça, Ricardo Paladino reforçou que ¿o crime foi praticado contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto da relação doméstica e familiar."  

O Tribunal do Júri reconheceu o crime de feminicídio atendendo integralmente ao MPSC. O acusado não poderá recorrer em liberdade. 

Familiares da vítima, Lurdes Maria Tasca, acompanharam a sessão do júri. A filha, Andressa Samara Tasca, comentou que a condenação do agressor traz um pouco de alívio para todos. ¿Desde o início estávamos diretamente envolvidos. Éramos muito ligados à nossa mãe e, com o resultado do júri, poderemos seguir com as nossas vidas¿, comentou. 

Andressa disse que ficou satisfeita com a decisão por feminicídio, pois outras mulheres saberão que existe punição para homens que cometem esse tipo de crime. ¿Também ficamos muito satisfeitos com o trabalho do Ministério Público. O Promotor nos passou muita confiança e soube ponderar nos argumentos e mostrar o quanto sofremos durante todo esse processo. Daqui para frente é seguir com a vida. Mas sempre lembrando das qualidades da minha mãe¿, finalizou. 

Como foi o crime 

No dia 22 de novembro de 2020, no interior da residência, localizada no bairro Vila Nova, em Joinville, o acusado Altair Antônio Mendes, matou a golpes de faca sua companheira, Lurdes Maria Tasca.  

Durante discussão entre o casal, quando a vítima gritou por socorro, o que chamou a atenção dos vizinhos, Altair atacou Lurdes de forma repentina, não dando tempo de alguém intervir ou socorrê-la. As facadas atingiram a região direita da clavícula, próximo ao tórax, pescoço e no polegar da mão esquerda da vítima, provocando seu óbito.